nutricionista intestino
 

Mas, afinal, açúcar ou adoçante?

O que é melhor??

O mais saudável sem dúvida que é consumirmos os alimentos de uma forma mais natural, ou seja sem açúcar e sem adoçante!

Esta é uma questão mesmo muito, muito comum. Durante muito tempo foi passada a mensagem de que os adoçantes eram a melhor opção para diabéticos e para quem quer emagrecer.

Será que é mesmo?

Se já costuma acompanhar o meu trabalho já sabe que eu gosto de ir sempre à origem de tudo, e perceber mais das informações. E, aconselho os meus pacientes a também terem essa visão crítica, não existem verdades absolutas e a nutrição é uma ciência em constante evolução.

E, aconselho os meus pacientes a também terem essa visão crítica, não existem verdades absolutas e a nutrição é uma ciência em constante evolução.

Para enquadrar, adoçantes ou edulcorantes são substâncias de baixo ou nenhum valor energético (kcal) que proporcionam sabor doce aos alimentos.

Podem ser classificados em sintéticos ou naturais:

  • Sintéticos: sacarina, ciclamato, aspartame, acessulfame-K, sucralose
  • Naturais: manitol, sorbitol, stevia, xilitol, frutose

Vamos falar um pouquinho mais dos sintéticos para que possa tirar algumas conclusões, pode ser?

Sacarina (E-954)

Juntamente como ciclamato e aspartame compõe a primeira geração de adoçantes. Tendo sido sintetizada em 1879.

Muito usada na indústria para uma variedade de produtos alimentares, tais como: refrigerantes, sumos de fruta, frutas processadas, gelatina, compotas, molhos e temperos. Têm sido feitos estudos para perceber o impacto deste adoçante na saúde e descobriu-se que pode induzir um considerável dano ao DNA.

Foram também realizados estudos para verificar o impacto no emagrecimento (não só em relação à sacarina mas também a outros adoçantes artificiais). Num estudo foi mostrado que o consumo de iogurte adoçado com sacarina aumentava a fome, promovia uma maior ingestão alimentar no almoço e estimulava um maior consumo energético após o almoço quando comparado ao iogurte puro. Os investigadores concluíram que o consumo de adoçantes artificiais pode causar menor controlo do apetite contribuindo para o ganho de peso.

Ciclamato (E-952)

O ciclamato foi criada em 1950.

No intestino delgado este adoçante é metabolizado em ciclohexilamina, uma substância com um grau de toxicidade considerável. Este adoçante costuma ser utilizado em conjunto com outros adoçantes.

Aspartame (E-951)

Este adoçante tem uma estabilidade limitada em condições ácidas e de processamento térmico.

O seu uso na indústria foi aprovado em 1981 e permitiu que produtos láteos como iogurtes tivessem versões menos calóricas. No organismo humano o aspartame é hidrolisado em: fenilalanina, ácido aspártico e metanol.

A utilização do aspartame como adoçante tem sido alvo de muitas discussões devido aos efeitos prejudiciais à saúde de concentrações elevadas dos seus metabólitos. Por exemplo, o excesso de fenilalanina contribui para uma redução de serotonina e dopamina.

Um estudo verificou que elevadas doses de aspartame conduziram a alterações de humor, predominando sentimentos como irritação, raiva e depressão.

Apesar de ainda contraditório, parece, que a utilização de aspartame resulta na emissão de sinais psicobiológicos ambíguos que confundem os mecanismos de regulação do organismo, levando à perda de controlo do apetite e estimulando a ingestão alimentar!

Acessulfane K (E-950) e Sucralose (E-955)

O acessulfame de potássio juntamente com a sucralose e o neotame faz parte da 2ª geração de adoçantes.

Na literatura científica, estudos em humanos referem que a sucralose não exerce efeitos sobre a perceção de fome, esvaziamento gástrico e níveis de insulina. Em indivíduos obesos que não consomem frequentemente adoçantes artificiais a sucralose pode favorecer a resposta glicémica e insulinémica pós-refeição!

Qual é a grande conclusão que podemos tirar?

O mais saudável sem dúvida que é consumirmos os alimentos de uma forma mais natural, ou seja sem açúcar e sem adoçante!

O consumo de adoçantes, mesmo dos naturais, pode aumentar o desejo pelo consumo de doces. Então vamos utilizar adoçantes só quando for mesmo necessário às vezes para fazer alguma receita diferente.

O açúcar mascavado é uma ótima opção também!

IMPORTANTE

Nunca faça a troca de açúcar para adoçante ou vice-versa. Seja o que for que esteja a utilizar neste momento simplesmente comece a reduzir a quantidade até conseguir consumir as bebidas de forma simples.

Já viu o meu vídeo no Youtube onde falo sobre isto? 

Não? Então vamos lá!

Bem se Queira, sempre!

Drª Patrícia Costa